Quarta-feira, 05 de Novembro de 2025 | 31ª Semana do Tempo Comum | Evangelho (Lc 14,25-33)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
Glória a vós, Senhor.
Lucas 14,25-33
Naquele tempo,
grandes multidões acompanhavam Jesus.
Voltando-se, ele lhes disse:
“Se alguém vem a mim,
mas não se desapega de seu pai e sua mãe,
sua mulher e seus filhos,
seus irmãos e suas irmãs
e até da sua própria vida,
não pode ser meu discípulo.
Quem não carrega sua cruz
e não caminha atrás de mim,
não pode ser meu discípulo.
Com efeito:
qual de vós, querendo construir uma torre,
não se senta primeiro e calcula os gastos,
para ver se tem o suficiente para terminar?
Caso contrário,
ele vai lançar o alicerce
e não será capaz de acabar.
E todos os que virem isso
começarão a caçoar, dizendo:
‘Este homem começou a construir
e não foi capaz de acabar!’
Ou ainda:
Qual o rei que ao sair para guerrear com outro,
não se senta primeiro e examina bem
se com dez mil homens poderá enfrentar o outro
que marcha contra ele com vinte mil?
Se ele vê que não pode,
enquanto o outro rei ainda está longe,
envia mensageiros para negociar as condições de paz.
Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós,
se não renunciar a tudo o que tem,
não pode ser meu discípulo!”
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
Homilia do Papa Francisco
No Evangelho de hoje Jesus insiste sobre as condições para ser seus discípulos: nada antepor ao amor por Ele, carregar a própria cruz e segui-lo. De fato, muitas pessoas aproximam-se de Jesus, queriam fazer parte dos seus seguidores; e isto acontecia sobretudo depois de alguns sinais prodigiosos, que o acreditavam como o Messias, o Rei de Israel. Mas Jesus não quer iludir ninguém. Ele bem sabe o que o espera em Jerusalém, qual é o caminho que o Pai lhe pede que percorra: é o caminho da cruz, do sacrifício de si mesmo pelo perdão dos nossos pecados. Seguir Jesus não significa participar num cortejo triunfal! Significa partilhar o seu amor misericordioso, entrar na sua grande obra de misericórdia para cada homem e para todos os homens. A obra de Jesus é precisamente uma obra de misericórdia, de perdão, de amor! Como Jesus é misericordioso! E este perdão universal, esta misericórdia, passa através da cruz. Mas Jesus não quer cumprir esta obra sozinho: quer envolver também a nós na missão que o Pai lhe confiou. (…) O discípulo de Jesus renuncia a todos os bens porque encontrou n’Ele o Bem maior, no qual qualquer outro bem recebe o seu pleno valor e significado: os vínculos familiares, as outras relações, o trabalho, os bens culturais e económicos e assim por diante… O cristão desapega-se de tudo e encontra tudo na lógica do Evangelho, a lógica do amor e do serviço.
(Angelus de 8 de setembro de 2013)